quinta-feira, 20 de março de 2014

SEMIOLOGIA - ANAMNESE - TERMOS TÉCNICOS


Uma boa Anamnese proporciona um diagnóstico seguro

Em fisioterapia a anamnese é dirigida pelo profissional afim de colher dados do paciente e obter um diagnóstico seguro e, assim, imprimir o tratamento correto. A anamnese consiste numa entrevista com o paciente com perguntas objetivas e com a finalidade de reconstituir os fatos relacionados ao paciente e sua doença.

Na maioria das doenças a anamnese continua sendo a parte mais importante, dentro da avaliação, para se chegar a um diagnóstico. Ela sofre algumas variantes de acordo com o tipo de paciente. Em crianças a entrevista é realizada com a mãe, mas a fala da criança não deixa de ter sua importância clínica. Com adolescentes a anamnese é feita em dois tempos: num primeiro momento se faz com a família; e no segundo momento se faz apenas com o adolescente. É importante que o profissional garanta que haverá sigilo das informações às duas partes a menos que a comunicação de informação de uma a outra parte seja realmente muito importante para o tratamento. Com adultos embora haja uma maneira mais uniforme de se fazer a anamnese, mesmo assim sofre muitas modificações de acordo com a patologia que o paciente apresenta.

Embora haja essas variantes na forma de realizar a anamnese em pacientes específicos, existe alguns elementos que são comuns a toda anamnese, ou pelo menos, na maioria delas. Entre esses elementos estão:



1. Identificação do paciente(nome, estado civil, sexo, cor, profissão, endereço, naturalidade, telefone, responsável etc.);

2. Queixa Principal (QP) - motivo que levou o paciente a procurar o profissional;

3. História da Doença Atual (HDA) - consiste em fazer um apanhado da evolução da doença onde o paciente relata quando inicou e como está no momento atual. Para isso, o fisioterapeuta toma por base o sintoma-guia que é o sintoma que permite recompor a história da doença de forma mais precisa e segura. O paciente será indagado sobre uso de medicamentos que fez para buscar a cura, se deu resultado ou não. O profissional pode se valer de um ou mais sintomas;

4. Interrogatório Sintomatológico (IS) - é um complemento da HDA. Este último bem feito dispensa a parte do interrogatório sintomatológico. O IS serve para identificar alguns sinais/sintomas ou mesmo patologia que não tinha relação com as realtadas na HDA;

5. Antecedentes Pessoais e Familiares (AP-AF) - consiste em indagar ao paciente sobre algumas doenças que o paciente e/ou seus familiares foram acometidos nos anos anteriores. Deve-se iniciar pelas doenças que foram acometidas na infância e depois as que foram acometidas recentemente. Em caso de mortes dos familiares pergunta-se sobre a causa;

6. Hábitos de Vida e Condições Sócio-Econômicas - consite em fazer perguntas ao paciente sobre alguns aspectos de sua vida diária como: alimentação(tipo, quantidade), habitação(local, tipo), ocupação atual e anterior, atividades físicas(sedentarismo, atleta, frequência, intensidade), vícios(álcool, fumo, drogas ilícitas), condições culturais e escolaridade.



A anamnese trás um aspecto psicológico muito forte. Ela é o primeiro momento da relação entre profissional e paciente. Então, torná-la agradável contribui para o sucesso do tratamento pois o paciente irá se segurar na confiança que o profissional transmitiu. É sempre bom lembrar, também que durante a anamnese o profissional deve se valer de uma linguagem que seja acessível ao seu paciente.

Sendo uma anamnese bem feita pelo fisioterapeuta haverá, portanto um bom diagnóstico e, consequentemente um melhor programa fisioterapêutico para o paciente.


ANAMNESE EM FISIOTERAPIA

por: Caroline Ueno



Anamnese em Fisioterapia

Anamnese é um termo usado em todas as áreas da saúde para designarmos o relato da doença e toda sua história, é uma entrevista que ajuda o profissional no diagnóstico e com isto traçar o objetivo e conduta no tratamento.

Sabe-se hoje que anamnese, quando bem elaborada, é responsável por boa parte do diagnóstico isto facilita pelo fato de algum exame ficar desnecessário e isto não é diferente para a fisioterapia.

Na anamnese em fisioterapia, é bem interessante que cada profissional monte a sua própria anamnese, levando em conta fatores como a sua especialidade, pois a anamnese pode ter perguntas específicas, leva-se em conta também as condições de trabalho e os recursos disponíveis para traçar os objetivo e conduta, ou seja, cada serviço (hospital clínica, home care) tem sua necessidade de informação.

Iniciamos a anamnese, a maioria da vezes, com a identificação (nome, endereço, profissão...) e este dado, às vezes, já nos dá uma direção, como por exemplo, a profissão pode estar desencadeando a patologia, dor ou postura.

Depois passamos para uma parte clínica geral, como pressão arterial, uso de medicamentos, fumante, gestante, hipertenso, diabético, doenças hereditárias, cirurgias, medicações de uso contínuo, etc.

Antes do exame físico, fazemos e escrevemos de forma objetiva as perguntas. Elas podem ser abertas. Nessas, podemos deixar o paciente mais a vontade para falar o que esta sentindo? Ou como a quando começou, isto inclui a HDP (história da doença pregressa), no início e HDA (história da doença atual).

Perguntas específicas já são direcionada, mas o fisioterapeuta pode perguntar onde concentra-se mais a dor, e pedir mais especificações quando o paciente é interrogado: “quando doí mais?”. Todos os itens são de suma importância para uma boa ficha de anamnese, e o conjunto de todas as informações leva a um diagnóstico mais rápido.



Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/10865/anamnese-em-fisioterapia#ixzz2tAmLvWGR


1 TERMOS TÉCNICOS DA ANAMNESE
Astenia= sensação de debilidade física, quase sempre acompanhada de malestar indefinido que só melhora com o repouso.
Fadiga= sensação de cansaço ao realizar pequenos esforços Sudorese ou diaforese= eliminação abundante de suor
Calafrios= sensação passageira de frio com ereção dos pêlos e arrepiamento da pele. “arrepios de frio”
Cãibras= contrações involuntárias e dolorosas de um músculo esquelético Prurido= ”coceira” Lacrimejamento= excesso de secreção de lágrima Xantopsia= visão amarelada Iantopsia= visão violeta Cloropsia= visão verde Ambliopia= perda parcial da visão Amaurose= perda total da visão Hemeralopia= baixa acuidade visual quando a intensidade luminosa diminui Diplopia= visão dupla Fotofobia= hipersensibilidade à luz Nistagmo= movimentos repetitivos e rítmicos dos olhos
Escotomas= área de cegueira parcial ou total, dentro de um campo visual. Escotomas cintilantes (ex: antecedendo os episódios de enxaqueca)
Otorréia= secreção auditiva Otorragia= perda de sangue pelo canal auditivo
Disacusia= perda da capacidade auditiva, que pode ser moderada (hipoacusia), acentuada (surdez) ou total (anacusia)
Zumbidos= percepção de ruídos sem que haja estímulo exterior
Vertigem= sensação de se estar girando em torno dos objetos ou os objetos girando em torno de si
Hiposmia= diminuição do olfato Anosmia= abolição do olfato Hiperosmia= aumento do olfato Cacosmia= sentir mau cheiro
Rinorréia ou corrimento nasal= secreção nasal Epistaxe= hemorragia nasal Odinofagia= dor à deglutição Disfagia= dificuldade de deglutir Halitose= mau hálito
Disfonias= alterações da voz, que podem ser desde discreta rouquidão até ausência da voz ou afonia
Pigarro= hipersecreção de muco que se acumula e adere na parede posterior da faringe, no vestíbulo laríngeo e nas cordas vocais
Expectoração= escarro Tosse produtiva= tosse com expectoração
Vômica= eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus (ou raramente líquido de aspecto mucóide ou seroso)
Hemoptise= eliminação com a tosse de sangue proveniente da traquéia, brônquios ou pulmões
Dispnéia= dificuldade para respirar (pode ser relacionada aos pequenos, médios e grandes esforços, pode ser de repouso)
Ortopnéia= dispnéia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar ou a ficar de pé para ter alívio
Dispnéia paroxística noturna= ocorre depois que o paciente já dormiu algumas horas.
Sibilância= chiado ou chieira, ruído percebido na respiração
Cornagem= ruído (estridor) que ocorre devido a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura da laringe
Tiragem= aumento da retração dos espaços intercostais durante as fases da respiração
Palpitações= percepção incômoda dos batimentos cardíacos Síncope= desmaio, perda súbita e transitória da consciência Lipotímia ou pré-síncope= sensação de desmaio ou perda parcial da consciência
Cianose= coloração azulada da pele e das mucosas devido ao aumento da Hb reduzida no sangue capilar
Edema= inchaço Polifagia ou hiperorexia= apetite aumentado Inapetência ou anorexia= apetite diminuído Eructação= arroto Flatulência= acúmulo e eliminação de gases no tubo digestivo
Geofagia= desejo de comer terra Pirose=sensação de queimação retroesternal
Regurgitação: volta do alimento ou de secreções gástricas à cavidade bucal, sem antecedentes de náuseas
Sialose ou sialorréia ou ptialismo= produção excessiva de secreção salivar Hematêmese= vômito com sangue Náuseas= enjôo
Dispepsia= conjunto de sintomas relacionados à parte alta do abdome. (Síndrome dispéptica: desconforto ou dor epigástrica, empazinamento, saciedade precoce, sensação de distensão do abdome por gases, náuseas com vômitos ocasionais, intolerância a alimentos gordurosos e eructações)
Esteatorréia= aumento da quantidade de gordura excretada nas fezes Enterorragia= eliminação de sangue vivo pelo ânus (gde qtde) Melena= eliminação de sangue digerido pelo ânus, fezes enegrecidas Obstipação ou constipação intestinal= “prisão de ventre” “intestino preso”
Icterícia= coloração amarelada da pele e das mucosas devido à impregnação dos tecidos por pigmentos biliares
Retenção urinária= incapacidade da bexiga de esvaziar-se parcial ou completamente
Oligúria= redução do volume urinário (<500 ml/dia) Anúria= diurese < 100 ml em 24 horas Poliúria= aumento do volume urinário (> 2500 ml/dia)
Polaciúria (ou freqüência)= aumento do número de micções, sem aumento do volume urinário
Disúria= micção associada à sensação de dor, queimação ou desconforto Urgência miccional= necessidade súbita e imperiosa de urinar
Noctúria= necessidade de esvaziar a bexiga à noite por uma alteração do ritmo circadiano da diurese
Hematúria= presença de sangue na urina Colúria= urina cor de Coca-Cola Estrangúria= emissão lenta e dolorosa de urina Hemospermia= presença de sangue no esperma Corrimento uretral= secreção que sai pelo meato da uretra Disfunção erétil= impotência sexual Metrorragia= sangramento uterino sem as características da menstruação normal
Menorragia= excessiva perda de sangue durante o período menstrual
Amenorréia= falta de menstruação por um período de tempo maior do que 3 ciclos prévios
Menarca= primeira menstruação Menopausa= última menstruação Dispareunia= dor durante o coito (mulher)
Galactorréia= produção de leite fora do período puerperal ou de lactação. Pode ocorrer em homens
Mastalgia= dor nas mamas Adenomegalia= crescimento de linfonodos Esplenomegalia= crescimento do baço Hepatomegalia= crescimento do fígado Artralgia= dor articular Artrite= processo inflamatório das articulações Cefaléia= dor de cabeça Hemiplegia= paralisia de um lado do corpo (direita e esquerda) Paraplegia= paralisia dos membros inferiores Tetraplegia= paralisia dos membros superiores e inferiores Parestesia= sensação de formigamento e dormência Sonilóquio= pessoa que emite sons durante o sono ou forma frases sem sentido Sonambulismo= pessoa caminha enquanto dorme Briquismo=bruxismo=ato de ranger os dentes Enurese noturna= emissão involuntária de urina durante o sono
Caquexia= estado de extrema magreza com comprometimento do estado geral do paciente (ex: doenças consuntivas)
Midríase= pupilas dilatadas Miose= pupilas contraídas Exoftalmia= protusão do globo ocular Enoftalmia= globo ocular afundado para dentro da órbita

Hematoquezia= sangue eliminado pelo reto vermelho-vivo em pequena quantidade, de origem proctológica

Nenhum comentário:

Postar um comentário