domingo, 23 de março de 2014

WORKSHOPS EM DERMATO-FUNCIONAL E ESTÉTICA

A FISIOCOM ESTÁ OFERECENDO CURSOS GRATUITOS A PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA NA ÁREA DE DERMATO-FUNCIONAL E ESTÉTICA , AOS INTERESSADOS SÓ ENTRAR EM CONTATO COM O NÚMERO (71) 3247-9161 PARA REALIZAR AS INSCRIÇÕES.


quinta-feira, 20 de março de 2014

SEMIOLOGIA - ANAMNESE - TERMOS TÉCNICOS


Uma boa Anamnese proporciona um diagnóstico seguro

Em fisioterapia a anamnese é dirigida pelo profissional afim de colher dados do paciente e obter um diagnóstico seguro e, assim, imprimir o tratamento correto. A anamnese consiste numa entrevista com o paciente com perguntas objetivas e com a finalidade de reconstituir os fatos relacionados ao paciente e sua doença.

Na maioria das doenças a anamnese continua sendo a parte mais importante, dentro da avaliação, para se chegar a um diagnóstico. Ela sofre algumas variantes de acordo com o tipo de paciente. Em crianças a entrevista é realizada com a mãe, mas a fala da criança não deixa de ter sua importância clínica. Com adolescentes a anamnese é feita em dois tempos: num primeiro momento se faz com a família; e no segundo momento se faz apenas com o adolescente. É importante que o profissional garanta que haverá sigilo das informações às duas partes a menos que a comunicação de informação de uma a outra parte seja realmente muito importante para o tratamento. Com adultos embora haja uma maneira mais uniforme de se fazer a anamnese, mesmo assim sofre muitas modificações de acordo com a patologia que o paciente apresenta.

Embora haja essas variantes na forma de realizar a anamnese em pacientes específicos, existe alguns elementos que são comuns a toda anamnese, ou pelo menos, na maioria delas. Entre esses elementos estão:



1. Identificação do paciente(nome, estado civil, sexo, cor, profissão, endereço, naturalidade, telefone, responsável etc.);

2. Queixa Principal (QP) - motivo que levou o paciente a procurar o profissional;

3. História da Doença Atual (HDA) - consiste em fazer um apanhado da evolução da doença onde o paciente relata quando inicou e como está no momento atual. Para isso, o fisioterapeuta toma por base o sintoma-guia que é o sintoma que permite recompor a história da doença de forma mais precisa e segura. O paciente será indagado sobre uso de medicamentos que fez para buscar a cura, se deu resultado ou não. O profissional pode se valer de um ou mais sintomas;

4. Interrogatório Sintomatológico (IS) - é um complemento da HDA. Este último bem feito dispensa a parte do interrogatório sintomatológico. O IS serve para identificar alguns sinais/sintomas ou mesmo patologia que não tinha relação com as realtadas na HDA;

5. Antecedentes Pessoais e Familiares (AP-AF) - consiste em indagar ao paciente sobre algumas doenças que o paciente e/ou seus familiares foram acometidos nos anos anteriores. Deve-se iniciar pelas doenças que foram acometidas na infância e depois as que foram acometidas recentemente. Em caso de mortes dos familiares pergunta-se sobre a causa;

6. Hábitos de Vida e Condições Sócio-Econômicas - consite em fazer perguntas ao paciente sobre alguns aspectos de sua vida diária como: alimentação(tipo, quantidade), habitação(local, tipo), ocupação atual e anterior, atividades físicas(sedentarismo, atleta, frequência, intensidade), vícios(álcool, fumo, drogas ilícitas), condições culturais e escolaridade.



A anamnese trás um aspecto psicológico muito forte. Ela é o primeiro momento da relação entre profissional e paciente. Então, torná-la agradável contribui para o sucesso do tratamento pois o paciente irá se segurar na confiança que o profissional transmitiu. É sempre bom lembrar, também que durante a anamnese o profissional deve se valer de uma linguagem que seja acessível ao seu paciente.

Sendo uma anamnese bem feita pelo fisioterapeuta haverá, portanto um bom diagnóstico e, consequentemente um melhor programa fisioterapêutico para o paciente.


ANAMNESE EM FISIOTERAPIA

por: Caroline Ueno



Anamnese em Fisioterapia

Anamnese é um termo usado em todas as áreas da saúde para designarmos o relato da doença e toda sua história, é uma entrevista que ajuda o profissional no diagnóstico e com isto traçar o objetivo e conduta no tratamento.

Sabe-se hoje que anamnese, quando bem elaborada, é responsável por boa parte do diagnóstico isto facilita pelo fato de algum exame ficar desnecessário e isto não é diferente para a fisioterapia.

Na anamnese em fisioterapia, é bem interessante que cada profissional monte a sua própria anamnese, levando em conta fatores como a sua especialidade, pois a anamnese pode ter perguntas específicas, leva-se em conta também as condições de trabalho e os recursos disponíveis para traçar os objetivo e conduta, ou seja, cada serviço (hospital clínica, home care) tem sua necessidade de informação.

Iniciamos a anamnese, a maioria da vezes, com a identificação (nome, endereço, profissão...) e este dado, às vezes, já nos dá uma direção, como por exemplo, a profissão pode estar desencadeando a patologia, dor ou postura.

Depois passamos para uma parte clínica geral, como pressão arterial, uso de medicamentos, fumante, gestante, hipertenso, diabético, doenças hereditárias, cirurgias, medicações de uso contínuo, etc.

Antes do exame físico, fazemos e escrevemos de forma objetiva as perguntas. Elas podem ser abertas. Nessas, podemos deixar o paciente mais a vontade para falar o que esta sentindo? Ou como a quando começou, isto inclui a HDP (história da doença pregressa), no início e HDA (história da doença atual).

Perguntas específicas já são direcionada, mas o fisioterapeuta pode perguntar onde concentra-se mais a dor, e pedir mais especificações quando o paciente é interrogado: “quando doí mais?”. Todos os itens são de suma importância para uma boa ficha de anamnese, e o conjunto de todas as informações leva a um diagnóstico mais rápido.



Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/10865/anamnese-em-fisioterapia#ixzz2tAmLvWGR


1 TERMOS TÉCNICOS DA ANAMNESE
Astenia= sensação de debilidade física, quase sempre acompanhada de malestar indefinido que só melhora com o repouso.
Fadiga= sensação de cansaço ao realizar pequenos esforços Sudorese ou diaforese= eliminação abundante de suor
Calafrios= sensação passageira de frio com ereção dos pêlos e arrepiamento da pele. “arrepios de frio”
Cãibras= contrações involuntárias e dolorosas de um músculo esquelético Prurido= ”coceira” Lacrimejamento= excesso de secreção de lágrima Xantopsia= visão amarelada Iantopsia= visão violeta Cloropsia= visão verde Ambliopia= perda parcial da visão Amaurose= perda total da visão Hemeralopia= baixa acuidade visual quando a intensidade luminosa diminui Diplopia= visão dupla Fotofobia= hipersensibilidade à luz Nistagmo= movimentos repetitivos e rítmicos dos olhos
Escotomas= área de cegueira parcial ou total, dentro de um campo visual. Escotomas cintilantes (ex: antecedendo os episódios de enxaqueca)
Otorréia= secreção auditiva Otorragia= perda de sangue pelo canal auditivo
Disacusia= perda da capacidade auditiva, que pode ser moderada (hipoacusia), acentuada (surdez) ou total (anacusia)
Zumbidos= percepção de ruídos sem que haja estímulo exterior
Vertigem= sensação de se estar girando em torno dos objetos ou os objetos girando em torno de si
Hiposmia= diminuição do olfato Anosmia= abolição do olfato Hiperosmia= aumento do olfato Cacosmia= sentir mau cheiro
Rinorréia ou corrimento nasal= secreção nasal Epistaxe= hemorragia nasal Odinofagia= dor à deglutição Disfagia= dificuldade de deglutir Halitose= mau hálito
Disfonias= alterações da voz, que podem ser desde discreta rouquidão até ausência da voz ou afonia
Pigarro= hipersecreção de muco que se acumula e adere na parede posterior da faringe, no vestíbulo laríngeo e nas cordas vocais
Expectoração= escarro Tosse produtiva= tosse com expectoração
Vômica= eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus (ou raramente líquido de aspecto mucóide ou seroso)
Hemoptise= eliminação com a tosse de sangue proveniente da traquéia, brônquios ou pulmões
Dispnéia= dificuldade para respirar (pode ser relacionada aos pequenos, médios e grandes esforços, pode ser de repouso)
Ortopnéia= dispnéia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar ou a ficar de pé para ter alívio
Dispnéia paroxística noturna= ocorre depois que o paciente já dormiu algumas horas.
Sibilância= chiado ou chieira, ruído percebido na respiração
Cornagem= ruído (estridor) que ocorre devido a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura da laringe
Tiragem= aumento da retração dos espaços intercostais durante as fases da respiração
Palpitações= percepção incômoda dos batimentos cardíacos Síncope= desmaio, perda súbita e transitória da consciência Lipotímia ou pré-síncope= sensação de desmaio ou perda parcial da consciência
Cianose= coloração azulada da pele e das mucosas devido ao aumento da Hb reduzida no sangue capilar
Edema= inchaço Polifagia ou hiperorexia= apetite aumentado Inapetência ou anorexia= apetite diminuído Eructação= arroto Flatulência= acúmulo e eliminação de gases no tubo digestivo
Geofagia= desejo de comer terra Pirose=sensação de queimação retroesternal
Regurgitação: volta do alimento ou de secreções gástricas à cavidade bucal, sem antecedentes de náuseas
Sialose ou sialorréia ou ptialismo= produção excessiva de secreção salivar Hematêmese= vômito com sangue Náuseas= enjôo
Dispepsia= conjunto de sintomas relacionados à parte alta do abdome. (Síndrome dispéptica: desconforto ou dor epigástrica, empazinamento, saciedade precoce, sensação de distensão do abdome por gases, náuseas com vômitos ocasionais, intolerância a alimentos gordurosos e eructações)
Esteatorréia= aumento da quantidade de gordura excretada nas fezes Enterorragia= eliminação de sangue vivo pelo ânus (gde qtde) Melena= eliminação de sangue digerido pelo ânus, fezes enegrecidas Obstipação ou constipação intestinal= “prisão de ventre” “intestino preso”
Icterícia= coloração amarelada da pele e das mucosas devido à impregnação dos tecidos por pigmentos biliares
Retenção urinária= incapacidade da bexiga de esvaziar-se parcial ou completamente
Oligúria= redução do volume urinário (<500 ml/dia) Anúria= diurese < 100 ml em 24 horas Poliúria= aumento do volume urinário (> 2500 ml/dia)
Polaciúria (ou freqüência)= aumento do número de micções, sem aumento do volume urinário
Disúria= micção associada à sensação de dor, queimação ou desconforto Urgência miccional= necessidade súbita e imperiosa de urinar
Noctúria= necessidade de esvaziar a bexiga à noite por uma alteração do ritmo circadiano da diurese
Hematúria= presença de sangue na urina Colúria= urina cor de Coca-Cola Estrangúria= emissão lenta e dolorosa de urina Hemospermia= presença de sangue no esperma Corrimento uretral= secreção que sai pelo meato da uretra Disfunção erétil= impotência sexual Metrorragia= sangramento uterino sem as características da menstruação normal
Menorragia= excessiva perda de sangue durante o período menstrual
Amenorréia= falta de menstruação por um período de tempo maior do que 3 ciclos prévios
Menarca= primeira menstruação Menopausa= última menstruação Dispareunia= dor durante o coito (mulher)
Galactorréia= produção de leite fora do período puerperal ou de lactação. Pode ocorrer em homens
Mastalgia= dor nas mamas Adenomegalia= crescimento de linfonodos Esplenomegalia= crescimento do baço Hepatomegalia= crescimento do fígado Artralgia= dor articular Artrite= processo inflamatório das articulações Cefaléia= dor de cabeça Hemiplegia= paralisia de um lado do corpo (direita e esquerda) Paraplegia= paralisia dos membros inferiores Tetraplegia= paralisia dos membros superiores e inferiores Parestesia= sensação de formigamento e dormência Sonilóquio= pessoa que emite sons durante o sono ou forma frases sem sentido Sonambulismo= pessoa caminha enquanto dorme Briquismo=bruxismo=ato de ranger os dentes Enurese noturna= emissão involuntária de urina durante o sono
Caquexia= estado de extrema magreza com comprometimento do estado geral do paciente (ex: doenças consuntivas)
Midríase= pupilas dilatadas Miose= pupilas contraídas Exoftalmia= protusão do globo ocular Enoftalmia= globo ocular afundado para dentro da órbita

Hematoquezia= sangue eliminado pelo reto vermelho-vivo em pequena quantidade, de origem proctológica

BIOMECÂNICA - ALAVANCAS



O estudo das alavancas esta incluso dentro das divisões da mecânica abaixo:

Cinemática: estudo da descrição do movimento.
• Área de estudo(Cinemetria);
• Estudo das formas de movimentos;
• Planos e eixos de movimentoestudo da descrição do movimento.
• Área de estudo(Cinemetria);
• Estudo das formas de movimentos;
• Planos e eixos de movimento

Cinética: Estudo da ação das forças.

• Área de estudo ( Eletromiografia, Dinamometria e Antropometria);
• Torque e Alavancas;
• Equilíbrio e o estudo do centro de gravidade.Estudo da ação das forças.
• Área de estudo ( Eletromiografia, Dinamometria e Antropometria);
• Torque e Alavancas;
• Equilíbrio e o estudo do centro de gravidade.

Quanto as alavancas...

O CORPO HUMANO É UM SISTEMA DE ALAVANCAS - o músculo produz força tracionando o osso e gera torque ( torque é o produto da força rotatória ou de translação vezes o braço de alavanca) na articulação. Os músculos, em geral, levam desvantagem quando relacionados à produção de torque (seu braço de força é na maior parte das vezes curto e o braço de resistência é maior). Mais vamos entender melhor:

§Definição - Uma alavanca é uma barra rígida que gira em torno de um ponto fixo quando uma força é aplicada para vencer a resistência.
- Uma quantidade maior de força ou um braço de alavanca mais longo aumentam o movimento de força.

- Três forças da alavanca
- E – Eixo (apoio)
- P – Peso (ou resistência)
- F – Força (move ou mantém)







§Braço de peso – A distância perpendicular desde o ponto de apoio (E) até a ação do peso.

Braço de Força – A distância perpendicular desde a Força de Resistência (R) ao eixo



Tipos de Alavancas:





- As alavancas de primeira classe são chamadas de INTERFIXA, pois o eixo do movimento esta no meio;
- As alavancas de segunda classe são chamas de INTERESISTENTE, pois a resistência esta entre a força e o eixo do movimento. Esta apresenta a melhor vantagem mecênica, pois o braço de força é sempre maior que o braço de resistência. Pouco encontrada no CORPO HUMANO!;
- As alavancas de terceira classe são chamadas de INTERPOTENTES, pois a força esta entre a resistência e o eixo do movimento. Esta é a alavanca mais comum no corpo humano, não oferece vantagem mecânica, porém é boa para o movimento.


Vantagem Mecânica
As Alavancas de II classe apresentam maior VM

VM é igual ao comprimento do braço de força dividido pelo comprimento do braço de resistência. Logo, quanto maior o braço de resistência menor será a vantagem mecânica.

> C.B.F e < C.B.P = > VM (Facilidade para gerar TORQUE);

§


F x BF = R x BR (EQUILÍBRIO)
F x BF > R x BR (VANTAGEM MECÂNICA)F x BF < R x BR (DESVANTAGEM MECÂNICA)



Modelos de alavancas:

Tipo I – Equilíbrio C.B.F = C.B.P


- A alavanca de 1ª classe é mais bem desenhada para o movimento de balanceio. Um exemplo no corpo humano seria o movimento da cabeça sobre a 1ª vértebra cervical movendo-se para cima e para baixo. Nas articulações da coluna zigapofizárias também ocorre esta alavanca quando há equilíbrio estabelecido. Outro bom modelo é a gangorra e a tesoura.















Tipo II – C.B.F > e o C.B.P <

- A alavanca de 2ª classe é a mais usada para força e, surpreendentemente, há poucos exemplos no corpo humano. Muitos autores afirmam que não há alavancas de 2ª classe no corpo humano. A ação dos músculos flexores plantares do tornozelo quando uma pessoa fica nas pontas dos pés parece ser uma exceção. Outros modelos são o quebra nozes e o cortador de papel.



§











Tipo III – C.B.F < e o C.B.P > (Sempre)

-A vantagem da alavanca de 3ª classe é a extensão. Esta é a mais comum das alavancas do corpo. Um exemplo seria o bíceps durante a flexão de cotovelo. O eixo é a articulação do cotovelo, a força exercida pelo bíceps seria a feita na inserção proximal do rádio e a resistência seria o peso do antebraço e da mão. Esta alavanca oferece a a possibilidade de tornar o segmento distal funcional com grande arco de movimento com pequena contração. Outros modelos para compreender melhor são os cortadores de unha e o pegador de cozinha.






Referências Bibliográficas:

- Cinesioterapia Clínica para Fisioterapeutas - Lippert, Lynn, Ed. Revinter;
- Cinesiologia Prática para Fisioterapeutas - Konin, Jeff G. , Guanabara Koogan;
- Biomecânica Básica do Sistema Músculoesquelético - Nordim, Margareta- Guanabara Koogan;

quarta-feira, 19 de março de 2014

CINESIOTERAPIA: Avaliação Motora

Avaliação Motora Segundo a escala ASIA - Parte I : Membros Superiores




Avaliação Motora da ASIA
A avaliação motora da ASIA é padronizada e baseada na testagem de 10 pares de músculos, denominados músculos-chave (5 no membro superior e 5 no membro inferior, lembrando que devem ser testados bilateralmente). 
Além dos 10 pares de músculos, também faz parte da avaliação motora a testagem do esfíncter anal externo. Esta informação é importantíssima pois ajuda a caracterizar a lesão em completa ou incompleta.

Só lembrando: 
A escala utilizada para graduar a força muscular é aquela que vai de 0 a 5; e que todo mundo aprende na faculdade:
Grau 0 = Ausência de contração muscular (visual ou à palpação);
Grau 1 = Contração visível ou palpável, porém incapaz de movimentar o segmento ao longo da Amplitude de Movimento (ADM);
Grau 2 = Força suficiente para movimentar o segmento ao longo de toda a ADM, em um arco sem efeito da gravidade;
Grau 3 = Completa a ADM contra a gravidade
Grau 4 = Completa a ADM contra resistência moderada 
Grau 5 = Completa a ADM contra resistência intensa

IMPORTANTE :
Não se deve usar +/- (mais / menos) na graduação da força muscular, e se por algum motivo o músculo-chave não puder ser testado (Devido a dor, imoblização, ferimento extenso, etc...) deve-se registrar como Não Testado (NT). 

… Mas porque são testados apenas 10 músculos?
O componente de avaliação motora foi desenvolvido para garantir uma testagem simplificada, ágil e ao mesmo tempo capaz de oferecer um panorama do comprometimento motor após o TRM. Assim os tais 10 “músculos-chave” foram selecionados por serem inervados por 2 raízes nervosas. Como será comentado um pouco mais adiante, esta característica é importante para se definir o nível motor.
A ficha de avaliação motora da ASIA permite a geração de um escore. O somatóriodos valores obtidos com a avaliação motora gera um escore de pontuação máxima igual a 100 (10 músculos do lado direito + 10 do lado esquerdo com pontuação máxima de 5 => 10 X 2 X 5 = 100pts). Este registro é importante pois permite avaliar o progresso do paciente ao longo do tempo e ajuda no planejamento da estratégia terapêutica.
O Nível Motor
nível motor é definido como o segmento medular mais inferior que mantém força muscular igual a 3 ou superior, com todos os grupos musculares acima sendo grau 5.No caso de segmentos medulares em que a ASIA não possui músculos-alvo a serem testados, (ex: níveis C2-C4, T2-L1, ou S2-S4/5), convencionou-se assumir que o nível motor é o mesmo que o nível sensorial.
Importante notar que frequentemente o paciente apresenta assimetria no nível motor. Isto é: O paciente possui um nível motor no lado direito (ex: L-2) diferente do esquerdo (Ex: (L-4)
Testagem Motora
O texto a seguir é a tradução livre do roteiro de avaliação motora do membro superior conforme preconizado pela ASIA, e disponível no endereço “http://www.asia-spinalinjury.org/publications/Motor_Exam_Guide.pdf”. Note que a avaliação é realizada com o paciente em supino e inicia-se sempre pela testagem do Grau 3 de força muscular. Caso o paciente complete o teste, avalia-se os graus 4 e 5. Caso o paciente não tenha força grau 3, avalia-se os graus 2,1 e 0.
  Segmento C5 
Flexores de cotovelo (músculos bíceps braquial e braquial)     .

GRAU 3
Posição do paciente:
Braço repousando ao lado do corpo, cotovelo totalmente extendido com o antebraço em supinação completa.
Instruções ao paciente:
“Dobre seu cotovelo e tente levar a mão ao nariz”
Ação: O paciente consegue mover o antebraço por toda a ADM movimento de flexão do cotovelo

GRAUS 4 e 5
Posição do paciente:
A mesma acima, porém com o cotovelo fletido a 90 graus e antebraço supinado
Posição do examinador: Uma das mãos estabiliza o ombro, enquanto a outra aplica força em direção a extensão de cotovelo.
Instruções ao paciente:
Mantenha seu braço nesta posição, não me deixe movê-lo.”
Ação:
O paciente resiste ao examinador e mantém o cotovelo fletido a 90°.

GRAU 2
Posição do paciente:Antebraço posicionado acima do abdomen logo abaixo do umbigo, de modo a permitir que o antebraço se mova confortavelmente sobre o abdomen. Cotovelo em 30° de flexão.
Posição do examinador:
Apenas apoiando o braço do paciente
Instruções ao paciente: “Dobre seu cotovelo e tente levar sua mão ao nariz.”
Ação: O paciente consegue mover o cotovelo ao longo de toda a ADM de flexão de cotovelo.
GRAUS 0 e 1
Posição do paciente: A mesma do teste para o Grau 2.
Posição do examinador: Com uma mão suporta o antebraço, e com a outra palpa o tendão do bíceps braquial sobre a fossa cubital. O ventre do bíceps também pode ser palpado em busca de contração.
Instruções ao paciente: “Dobre seu cotovelo e tente levar sua mão ao nariz.”
Ação:
Grau 1- O terapeuta percebe esboço de contração muscular, visivelmente ou por meio de palpação
Grau 0- Não há vestígio de contração muscular

C6- Extensores de punhoExtensor Radial Longo do Carpo, Extensor Radial Curto do Carpo
GRAU 3
Posição do paciente:Cotovelo extendido, o antebraço pronado e o punho fletido.
Posição do examinador:
Uma mão apoia o antebraço de modo a permitir que o punho esteja em flexão suficiente para o teste.
Instruções ao Paciente:"Dobre o seu punho pra cima, levantando os dedos em direção ao teto."Ação:O paciente estende o punho através da ADM completa de movimento.




GRAUS 4 e 5

Posição do paciente:
O mesmo que o grau 3, exceto que os testes começam com o punho em extensão completa.
Posição do Examinador:Segurando o antebraço distal para estabilizar o pulso. Aplicar pressão para baixo em todos os metacarpos em direção ao desvio ulnar. A força aplicada deve ser inclinada em direção ao lado ulnar ao invés de diretamente para baixo, uma vez que o extensor radial do carpo é quem está sendo testado .
Instruções ao Paciente: "Mantenha o punho nesta posição. Não me deixe empurrá-lo para baixo. 
"Ação: O paciente resiste à pressão do examinador e tenta manter o punho na posição totalmente estendida.

GRAUS 0, 1 e 2
Posição do paciente:
A mesma do grau 3. O paciente também pode ser posicionado com o ombro em ligeira flexão, rotação interna e adução. Cotovelo flexionado a 90 ° e o antebraço em supinação completa com o punho em flexão.

Posição examinador:
Apoiar o antebraço e pedir ao paciente que estenda o punho. A palpação pode ser realizada sobre os tendões proximais ao punho. Observar o ventre muscular para o movimento.

Instruções para Paciente:
"Dobre o punho para trás.

"Ação: Grau 2: O paciente consegue a extenção do punho através de toda a ADM
Grau 1: O terapeuta consegue palpar ou visualizar contração muscular



Grau 0: Não é evidenciada contração muscular

Substituição Muscular mais comum de C-6Alguns pacientes podem tentar "roubar" no teste. Neste caso, a extensão do punho pode ser imitada pela supinação do antebraço e uso da gravidade. O examinador precisa certificar-se que o antebraço esteja estabilizado e na posição adequada

Extensores de cotovelo C7 Triceps Braquial
GRAU 3
Posição do paciente:
Ombro em 90 ° de flexão. O cotovelo é totalmente flexionado com a palma da mão próxima a orelha.Posição do Examinador: 
Apenas apoiando o braço.
Instruções para Paciente:
"Estique seu braço."Ação: 
O paciente consegue realizar a extensão completa do cotovelo.






GRAUS 4 e 5
Posição do paciente:
A mesma que o grau 3, exceto que o cotovelo está em 45 ° de flexão.
Posição do Examinador:Apoiando o braço e aplicando resistência sobre o punho na direção de flexão do cotovelo.Instruções para Paciente:"Mantenha esta posição. Não me deixe dobrar seu cotovelo. "Ação:O paciente resiste à pressão do examinador e tenta para manter a posição do cotovelo em 45 ° de flexão.

GRAU 2
Posição do paciente:
O ombro está em rotação interna e aduzido, com o cotovelo fletido acima do abdômen. Posição examinador:
Apenas apoiando o braço do paciente.Instruções ao Paciente:
"Estique seu braço."
Ação:
O paciente consegue mover o antebraço através da ADM completa de extensão do cotovelo.
GRAUS 0 e 1

Posição do paciente: A mesma do teste Grau 2, com o cotovelo em 30 ° de flexão.Posição examinador: Apoiando o braço do paciente. A palpação deve ser feita na no ventre muscular e na inserção do tríceps no olécrano.Instruções para Paciente: "Estique seu braço."Ação: O paciente tenta estender completamente o cotovelo.
Substituição Muscular mais Comum de C7
O paciente pode mimetizar a extensão de cotovelo utilizando 3 artifícios: [1] Por meio de rotação externa do ombro; [2] Por meio de uma rápida flexão do cotovelo seguida de relaxamento muscular; e [3] por meio da espasticidade do tríceps. Estas substituições podem ser minimizadas ao manter a posição correta para os testes, oferecer instruções corretas para o paciente e evitando a flexão do cotovelo. A palpação do tríceps deve ser feita para confirmar se o paciente está usando o músculo correto para o teste.

C8 - Flexores dos dedosFlexor Longo e Flexor Profundo dos Dedos

GRAU 3
Posição do paciente:Cotovelo totalmente estendido e com o antebraço totalmente supinado.As articulações metacarpofalangeana proximal (MCFP) e interfalangeana proximal (IP) são estabilizadas em extensão.Posição do Examinador: Segure a mão do paciente e estabilize o punho em posição neutra. Garantir que as articulações IF e MCFP estejam em extensão ao mesmo tempo que se isola o dedo médio para o teste.Instruções para Paciente: "Dobre a ponta do seu dedo médio."Ação: O paciente flexiona a articulação interfalangeana distal ao longo da ADM completa de movimento em flexão.




GRAUS 4 e 5
Posição do paciente: O mesmo que o grau 3, com exceção da articulaçãointerfalangeana distal, a qual deve estar completamente flexionada.Posição do Examinador:Estabilizando o punho, e as articulações MCFP e IF proximal como no grau 3. Aplique pressão com a ponta do dedo ou do polegar contra a falange distal do dedo médio do paciente.Instruções para Paciente:"Segure a ponta do dedo dobrado nesta posição. Não deixe que se mova. "Ação: O paciente tenta manter a posição totalmente flexionada da articulação IF distal, e resiste à pressão aplicada pelo examinador no sentido da extensão do dedo.

GRAUS 0, 1 e 2

Posição do paciente:Articulações MCFP e IF proximal estabilizadas em extensão.Posição do Examinador: Estabilizar o punho em posição neutra e articulações MCFP e IF proximal em extensão, e palpar os tendões dos flexores dos dedos longos ou observar o ventre muscular para movimento.Instruções para Paciente: "Dobre a ponta do seu dedo médio."Ação: Paciente tenta flexionar a articulação interfalangeana distal através da ADM de movimento.



Substituição Muscular Comum de C8Ao testar graus 1 a 3, o punho deve ser cuidadosamente estabilizado. Movimentos involuntários da falange distal podem ocorrer na presença de extensão do punho ativa. Este movimento de tenodese poderia ser interpretado como contração voluntária dos flexores dos dedos longos.
Embora o teste de graus 4 e 5, as falanges proximais devem ser bem estabilizadas. Isso irá evitar que a contração dos músculos intrinsecos mão ou do flexor superficial dos dedos seja interpretado como movimento de falange distal.

T1 abdutor do dedo mínimoabdutor do dedo mínimo
GRAU 3
Posição do paciente:
Cotovelo a 90 ° de flexão, antebraço pronado.Posição do Examinador:
Apoiando a mão do paciente, tendo o cuidado de assegurar que as articulações MCF estão estabilizadas para evitar a hiperextensão.Instruções para Paciente:
"Mova o seu dedo mínimo para longe do seu dedo anelar ".Ação:
O paciente tenta mover o dedo mínimo através da ADM completa de movimento em abdução.




GRAUS 4 e 5
Posição do paciente:
A mesma do teste para Grau 3, com exceção que o teste já começa com o dedo mínimo em abdução.
Posição do Examinador:Apoiando a mão do paciente, tendo o cuidado de assegurar que as articulações MCF estejam estabilizadas para evitar hiperextensão.
Instruções para Paciente:
"Mantenha o dedo mínimo afastado do anelar. Não me deixe empurrá-lo"
Ação:
O examinador empurra a falange distal, e o paciente tenta resistir à força do examinador mantendo o dedo minimo em abdução.
GRAUS 0, 1 e 2

Posição do paciente: 

Cotovelo em extensão, antebraço pronado e articulação MCF estabilizada.Posição do Examinador: 
Estabilizar o pulso e mão, pressionando levemente para baixo a parte dorsal da mão. Certifique-se que as articulações MCF estão estabilizadas para evitar hiperextensão. Palpar o músculo abdutor do dedo minimo e observar o ventre muscular. 
Instruções para Paciente:
"Mova o seu dedo pra longe do seu dedo anelar ".
Ação:
O paciente tenta abduzir o dedo mínimo através da ADM completa de movimento.


Substituição Muscular Comum de T1A extensão do dedo pode imitar o movimento abdução do quinto dedo. A estabilização adequada irá minimizar esse erro.